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Dentre os seis conjuntos de Berlim, o Carl Legien foi construído na área mais densa e central, em que a lógica das Mietskasernen era dominante. Como uma forma de combatê-la e superar o elevado preço dos terrenos nessa região, Bruno Taut e Franz Hillinger, diretor do escritório da GEHAG, propõe apenas edifícios de 4 e 5 pavimentos, de modo a adensar o conjunto.Diferentemente dos outros projetos, este foi inserido em uma área, em que as vias já estavam desenhadas, segundo o plano de desenvolvimento urbano de Berlim de Hobrecht (século XIX). Combinando-se edifícios organizados em fileiras, maregando o perímetro das quadras, com generosos jardins semi-abertos, foi possível dar a sensação de se viver em uma área verde, mesmo no denso centro berlinense. Enquanto a utilização das cores como parte construtiva da arquitetura lembra o projeto de Hufeisensiedlung, a influência da habitação social holandesa assemelha-se ao caso do conjunto Schillerpark: áreas verdes como pátios semi-abertos, varandas que ora se fundem às fachadas, ora se projetam além delas, etc.A sequência de extensos jardins no interior dos edifícios em forma de U cria uma ligação entre os espaços do conjunto, que gera uma identidade, tanto quanto reforça o senso de coletividade, como se pode observar no caso do pátio Akazienhof, em Falkenberg.Apesar de sua riqueza, ao sintetizar princípios dos três conjuntos anteriores de Taut, de suas inovações e também de estar na lista de patrimônio da UNESCO, há uma enorme dificuldade em se encontrar desenhos desse conjunto; desconhece-se, inclusive, o autor do projeto de paisagismo. Além disso, após busca em diversas bibliotecas e arquivos, as plantas originais dos apartamentos são praticamente inexistentes.

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