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Localizada a sudeste de Berlim, próximo aos limites da cidade, a cidade-jardim Falkenberg é o mais antigo dos conjuntos aqui apresentados. Construído antes da Primeira Guerra Mundial, num período em que o déficit habitacional já era grande, mas nem se comparava à situação de pós-guerra, o conjunto apresenta um número reduzido de habitações, predominando os tipos unifamiliares, os quais, juntamente com sua inserção em uma área distante da cidade e muito pouca densa, mostram a força que o movimento cidade-jardim ainda possuía antes da guerra.

 

Nesse caso, o estudo de Bruno Taut, propondo o uso da cor como uma forma de substituir os ornamentos de uma arquitetura rebuscada e cara que se costumava produzir, atinge a sua máxima expressão. Criando-se uma composição com cores intensas, através de sequências, assimetrias, criação de padrões etc., o arquiteto constrói uma estética dinâmica, confrontando o aspecto cinzento da cidade industrial.

 

Cada habitação, unifamiliar ou coletiva, possui um jardim próprio, variando de 135 a 600m², originalmente projetados para o cultivo de alimentos para os próprios moradores e, em alguns casos, para a criação de animais de pequeno porte, evidenciando um aspecto rural.Todas essas características diferem muito da arquitetura pensada para a habitação social do pós-guerra, mas, apesar disso, há dois aspectos fundamentais para o seu desenvolvimento: a recusa do ornamento e o financiamento através de sociedades cooperativas de construção.

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